quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Slipknot no Rock In Rio 2011


Pouco depois das onze da noite, do dia 25, o SLIPKNOT  subiu ao Palco Mundo no Rock in Rio. A primeira coisa a ser notada foi a falta de baixista. Sim, o ex-baixista Paul Gray faleceu de uma provável overdose quase um ano atrás, e havia muita especulação sobre quem seria o substituto. E a resposta foi: Ninguém. Não sei explicar se estariam tocando com uma faixa de baixo gravada ou com um baixista atrás das cortinas, quem sabe até com uma peripécia técnica para fazer com que alguma das guitarras preenchesse a lacuna, mas de fato só havia 8 membros do SLIPKNOT no palco.















Depois de quase um ano de luto por conta do falecimento anteriormente mencionado, esse foi o show de volta da banda. E como já disse anteriormente em outras ocasiões, não foi somente uma aula, mas um ano letivo inteiro das matérias “Performance ao Vivo” e “Organização Musical”. A teatralidade da banda aliada ao caos expressado pelas letras e pelo instrumental arremetem a espaços longínquos e despertam sentimentos que normalmente não fazem parte do cotidiano.
A banda estava absolutamente entrosada, mesmo com o baterista Joey Jordison aparentando certo cansaço e não realizando o seu inesquecível solo de ponta-cabeça como em shows anteriores. A competência musical dos integrantes é absurda, o que fez com que as músicas em nenhum momento soassem emboladas ou qualquer outro adjetivo que qualificasse a performance como algo abaixo de “profissional e ainda feito com absoluto esmero”.
Havia uma névoa de inspiração no ar, e o vocalista Corey Taylor soube se aproveitar perfeitamente do clima. É impressionante vislumbrar um mestre sala em seu auge criativo e com todas as ferramentas à sua disposição. Com palavras lentas e pausadas o vocalista conseguiu hipnotizar todos os que prestavam atenção na performance e fazia com que todos gritassem mesmo sem que soubessem a razão. Por essa razão, sou impelido a acreditar até que realizou a façanha de estabelecer um recorde mundial, não por ter conseguido fazer com que quase 100 mil pessoas se abaixassem ao seu comando como ele mesmo disse, mas por maior sessão de hipnose realizada em um show de rock na história. Não há outro termo para definir o que se via quando as câmeras focavam na plateia durante o show.
Os percussionistas e Djs foram um espetáculo à parte. Rodopiando pelos ares em plataformas elevadas ou correndo pelo palco e espancando os tambores vazios, eles fizeram uma maravilhosa bagunça. Não satisfeito, um deles correu para uma das estruturas de quatro metros localizadas no meio do público e simplesmente saltou. Não uma, mas duas vezes. “Atitude”, como os “truus” chamam, foi pouco nesse caso.
Por fim, já com um ar de dever cumprido, o grupo de oito integrantes deixou o palco, talvez para encerrar a carreira da banda em grande estilo, quem sabe para continuar o caminho sem Paul Gray, só o tempo dirá.



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